A pressão sobre a Polícia Civil cresce a cada dia pela elucidação do assassinato de Jeziel Marinho Chaves, de 22 anos, morto a tiros dentro de uma borracharia no setor Fernandinho, zona oeste da cidade.
O crime, ocorrido em 14 de fevereiro deste ano, completa mais de um mês sem que os responsáveis tenham sido identificados ou presos. A família, amigos e a sociedade clama por justiça. Luzia Maria Chaves, conhecida como Neguinha, mãe do jovem, presenciou o assassinato e, desde então, busca respostas.
Em entrevista concedida no dia 20 de março à repórter Ana Paula Hehben, da TV Anhanguera, do Grupo Jaime Câmara ela fez um apelo emocionado. "Quero que descubram quem foi que matou. Ele estava deitado na cama dele, não estava fazendo nada. É por isso que eu quero justiça. Quero saber quem matou meu filho", disse a empresária.
Segundo o relato de Luzia, dois homens encapuzados invadiram a borracharia onde Jeziel descansava. Ela contou que foi rendida pelos criminosos, que a obrigaram a se deitar no chão sob a mira de uma arma. “Chegou dois homens encapuzados, botou a arma na minha cabeça e mandou deitar, eu deitei. Enquanto eu deitei, o outro foi lá e deu três tiros no meu filho. Eu fiquei com o olho fechado na hora porque eu não aguentei ver. Aí o outro me soltou, foi lá e deu mais três tiros no meu filho e saíram correndo”, relatou.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pelos veículos de imprensa, mostram os suspeitos chegando pela lateral do imóvel. Eles teriam passado por um lote vago e acessado o local pelos fundos. “Ele nem gritou. Ele tentou correr. Dá para ver que ele não morreu em cima da cama, ele morreu no canto da parede. Então eu acho que ele tentou correr”, acrescentou a mãe de Jeziel.
Pressão da família, amigos e da sociedade tem aumentado sobre a Polícia Civil para que o crime seja esclarecido - Foto: Edsom Gilmar/Portal Caiapó Notícias
Jeziel Marinho tinha antecedentes criminais por furto e era suspeito de envolvimento em um roubo à mão armada, de acordo com informações apuradas pela polícia. Apesar disso, familiares afirmam que ele não oferecia risco no momento em que foi executado.
O caso é investigado pela 55ª Delegacia de Polícia de Divinópolis, com o apoio da 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC) de Paraíso do Tocantins e da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado.
A Secretaria de Segurança Pública do Tocantins informou que as investigações seguem em andamento sob sigilo e que providências estão sendo tomadas para esclarecer o crime.
Até o momento, nenhum dos suspeitos foi preso.
Jeziel tinha 22 anos de idade quando foi assassinado em 14 de fevereiro - Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Reportagem: Edsom Gilmar com informações da Assessoria / Foto: Edsom Gilmar